Saturday, June 02, 2007

Recifes de coral "pagam" apetite asiático





Os recifes de coral são comunidades constituidas por uma grande variedade de seres vivos. Os corais, animais que pertencem ao mesmo filo que as hidras, estabelecem uma relação de simbiose com algas unicelulares. Os recifes de coral são edificados em águas tropicais quentes, pouco profundas e com pouca carga de sedimentos. Os recifes mais comuns são agrupados em três categorias: recifes de franja; recifes barreira e atóis.

Um recife ao largo da Indonésia atrai actualmente mergulhadores em busca de lagostas, a última espécie valiosa que ali resta. O comércio mundial de peixe vivo dos recifes talvez exceda 750 milhoes de euros por ano. Muitas espécies são capturadas com cianetoou armadilhas. O uso de dinamite para capturar peixe dos recifes faz subir o número de baixas provocado pelo comércio de peixe vivo. Meros da espécie Epinephelus fasciatus(não ameaçada) podem comer-se num restaurante East Ocean Seafood de Guangzhou, cantão. "Tal como a riqueza, o gosto por peixes dos recifes de coral, coloridos e exóticos, está a generalizar-se na China continental", diz a biologa Yvonne Sadovy, da universidade de Hong Kong. "Os países precisam se impor limites ás quotas de exportação, criar áreas protegidas e encorajar os consumidores a escolher espécies menos ameaçadas".





Fonte: Nacional Geographic



Coral das Caraíbas em Perigo




O verão de 2005 assistiu ao pior branqueamento dos corais das Caraíbas, pelo que os cientistas esperam agora pelos resultados de 2006. O branqueamento ocorre quando uma prolongada exposição a temperaturas elevadas do mar leva o coral a libertar as algas coloridas que lhe fornecem açucares e oxigénio em troca de abrigo e de dióxido de carbono. Isto representa um "indício inequívoco de aquecimento global", diz o ecologista Edwin Hernández-Delgado. Na ilha culebra, em Porto Rico, 97% das colónias, incluindo as de coral-estrelado, foram branqueadas quando a temperatura da água aumentou para 31,8 graus celsius. Hernández estima que metade do coral de culebra tenha morrido em meados de 2006. O branqueamento excedeu os registos históricos de duas décadas de observação por satélite nas Caraíbas, e as temperaturas da água foram mais quentes do sécul. "Estas ocorrências catastróficas podem tornar-se mais frequentes", diz. Um estudo recente revelou que, na ausência de algas, algumas espécies de coral do Hawai se alimentam de plâncton à deriva. O programa das Nações Unidas para o ambiente regista que um terço do coral do mundo está morto ou a morrer e prevê que 60% dos recifes venham a desaparecer até 2030.




Fonte: Nacional Geographic